As energias renováveis empregaram 16,2 milhões de pessoas no mundo todo (Foto: Envato)
A energia solar foi responsável por gerar 7,1 milhões de empregos em 2023, de acordo com o relatório anual “Energia Renovável e Empregos”, publicado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No total, as energias renováveis empregaram 16,2 milhões de pessoas no mundo todo, sendo a energia solar a que mais gerou postos de trabalho.
Além da solar, outras fontes de energia limpa também contribuíram significativamente: a bioenergia gerou 3,88 milhões de empregos, a energia hidrelétrica criou 2,32 milhões de vagas e a energia eólica, 1,46 milhões.
China e outros países lideram no setor solar
A China se destaca como o país que mais criou empregos no setor de energia solar em 2023, seguida por países como Índia, Estados Unidos, Brasil, Alemanha e Japão. Polônia, Vietnã, Itália e Austrália também aparecem no ranking dos que mais geraram trabalho no setor.
Em termos de capacidade de produção de energia solar, o ano de 2023 foi recorde: o mundo adicionou 347 gigawatts (GW) de capacidade instalada, um aumento de 74% em relação ao ano anterior. Só a China foi responsável por 216,9 GW desse total, mostrando seu enorme papel no crescimento da energia solar. Outros países importantes somaram, juntos, 83,4 GW.
Desafios da transição para energias renováveis
Apesar do avanço, o relatório aponta alguns desafios importantes, especialmente a falta de trabalhadores qualificados no setor de energia renovável. Muitos países ainda não têm programas de educação e treinamento adequados para preparar os profissionais que o mercado precisa. O relatório ainda destaca que essa falta de mão de obra pode prejudicar a transição energética, ou seja, a mudança do uso de combustíveis fósseis para fontes de energia limpas.
Qual a importância de uma transição energética justa?
Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, comentou que, para acelerar a transição energética, é fundamental apoiar regiões e países que enfrentam mais dificuldades nesse processo. “A transição para energias limpas não pode beneficiar apenas alguns lugares. Para triplicarmos a capacidade de energia renovável até 2030, precisamos ajudar as regiões mais vulneráveis a superar os desafios”, disse ele.
Para atingir essa meta, será necessário investir em treinamentos, políticas públicas e incentivos à inovação. Se realizada de maneira correta, a transição para uma economia de baixo carbono pode criar muitos novos empregos e promover um crescimento econômico mais sustentável e inclusivo.