Setor fotovoltaico acumula mais de R$ 200 bilhões em investimentos no país, mostra levantamento da Absolar | Imagem: Copel

A energia solar no Brasil alcançou um marco significativo, ultrapassando a marca de 44 gigawatts (GW) de potência instalada, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Este crescimento notável atraiu mais de R$208,2 bilhões em investimentos e gerou mais de 1,3 milhão de empregos no país, evidenciando a relevância do setor na economia nacional.

De janeiro a junho deste ano, a energia solar adicionou 7 GW à matriz elétrica nacional, abrangendo tanto grandes usinas solares quanto sistemas de geração própria em telhados, fachadas e solo. Atualmente, a energia fotovoltaica representa 18,9% da matriz energética do Brasil. Este avanço não apenas reforça a sustentabilidade energética, mas também contribui significativamente para a redução de emissões de CO2. Desde o início de sua implementação, o setor evitou a emissão de 53,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

Desde 2012, o setor solar garantiu mais de R$64 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. A geração distribuída, responsável por 30 GW da potência instalada, representou cerca de R$146,7 bilhões em investimentos, R$43,7 bilhões em arrecadação e mais de 902 mil empregos. Já na geração centralizada, as grandes usinas solares somam mais de 14 GW de potência, com investimentos acumulados de aproximadamente R$61,5 bilhões e a geração de mais de 429,8 mil empregos.

A energia solar continua sendo uma das fontes mais competitivas do Brasil. Com a adoção de sistemas solares, os consumidores podem economizar até 90% na conta de energia. Além disso, o retorno sobre o investimento tende a ser rápido, especialmente considerando a queda de mais de 50% nos preços dos módulos no último ano. O protagonismo da tecnologia fotovoltaica na transição energética do país contribui não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para o desenvolvimento social e econômico.

Quais são as projeções futuras?

A Absolar divulgou uma projeção conservadora para o crescimento do setor ao longo de 2024, estimando que o Brasil alcançaria 45 GW de potência instalada até o final do ano, um incremento de mais de 25% em relação aos 36 GW registrados até dezembro de 2023. As tendências atuais sugerem que essa meta será atingida entre agosto e setembro.

Para os próximos anos, o Caderno da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), parte dos estudos do novo Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), prevê que a micro e minigeração devem acumular entre 47 GW e 71 GW até 2034. A capacidade instalada também deve atingir impressionantes 58,8 GW. Os sistemas residenciais continuarão liderando o mercado, com expectativa de mais de 22 GW de potência, enquanto os consumidores comerciais na baixa tensão devem acumular mais de 17 GW.

O crescimento da energia solar no Brasil não mostra sinais de desaceleração. Com investimentos crescentes, geração de empregos e redução de emissões de CO2, o setor fotovoltaico se consolida como uma força motriz para um futuro mais sustentável e economicamente próspero. As perspectivas para os próximos anos são promissoras, com potencial significativo para continuar transformando a matriz energética do país e promovendo a competitividade dos setores produtivos.