
Potência instalada em todo o país chega a 43 GW, sendo a maior parte na geração distribuída. Imagem: Envato
A potência instalada de energia solar no Brasil atingiu um marco impressionante de 43 gigawatts (GW), de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em seu mais recente balanço, anunciado na última quarta-feira, dia 29. Este desempenho notável é resultado direto da adição de 6 GW somente no decorrer deste ano, conforme relatado pela associação.
Essa cifra abrangente engloba uma ampla gama de fontes de energia solar, desde os sistemas de geração própria instalados em telhados, fachadas e quintais residenciais até as impressionantes e eficientes grandes usinas solares. O valor adicionado, apenas neste período, é equivalente ao consumo de energia de aproximadamente 3 milhões de residências, destacando a magnitude e o impacto positivo desse avanço.
O desempenho excepcional nos primeiros cinco meses deste ano sugere fortemente que as projeções da Absolar para adicionar 9,3 GW até o ano de 2024 podem ser superadas até mesmo antes do final do atual calendário. Essa tendência ascendente é impulsionada por vários fatores, incluindo a promessa de economias substanciais na conta de energia elétrica, impulsionada pela queda nos custos iniciais de investimento, especialmente devido à redução nos preços das placas solares, bem como pelo crescimento constante dos projetos de descarbonização, conforme ressaltado pelos executivos da associação.
É importante destacar que o Brasil entrou pela primeira vez no seleto grupo de 30 países que possuem 1GW ou mais de energia solar fotovoltaica instalada em 2017. Desde então, o país não apenas manteve sua posição, mas avançou para a 6ª posição no ranking global. No entanto, é crucial observar que ainda fica atrás do líder global, a China, que possui uma capacidade impressionante de 609,3GW.
Um dos principais impulsionadores desse crescimento impressionante nos últimos anos tem sido os investimentos substanciais na chamada geração distribuída (GD), sistemas instalados diretamente nos pontos de consumo. Atualmente, esses sistemas representam uma parcela significativa, totalizando 67,5% do total (29 GW), superando em mais de duas vezes e meia a capacidade instalada em 2021, quando o total era de 9,8 GW.
Com a energia solar representando agora 18,2% da matriz energética brasileira, solidificou-se firmemente como a segunda fonte de energia mais importante, atrás apenas da energia gerada por sistemas hídricos, que corresponde a 47,8%. Além disso, os cálculos realizados pela Absolar indicam que os investimentos acumulados no setor já ultrapassaram a marca impressionante de R$ 202 bilhões.
Esses investimentos também têm tido um impacto notável na economia e no mercado de trabalho do país, com a criação de 1,3 milhão de empregos e uma arrecadação de R$ 62 bilhões em impostos para os cofres públicos. Esses números ilustram claramente o potencial e o crescimento contínuo do setor de energia solar no Brasil, que continua a desempenhar um papel crucial na transição para um futuro mais sustentável e energeticamente eficiente.